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Poemas

O céu


Era a flor diante do sujo

Era o silêncio se opondo ao barulho

inevitável

das almas que dançam o sempre

e o sempre é o que o separam...

Era o dia e o instante,

o perto e o distante...

aqui do chão parece imperceptivo,

mas é o que nos lembra que tudo é pequeno


Nossos olhos

Nossos olhos, coitados,

não sabem nada...

gritam em nossa imaginação,

constroem estradas.

Buscam aninhar-se em berço próspero,

mas o que vêm de nossa arquitetura,

esbarra no delírio aflito

de nossos corações...


Nos vimos


Vimo-nos de longe,

distantes,

por entre auroras obscuras

Vimo-nos sem tempo,

porque o tempo o perdemos

Olhamo-nos cara à cara,

mas não nos reconhecemos...

Olhares confusos,

perdidos...


No porquê do tempo


No porquê do tempo

estão as respostas

que vivem a se esconder

de nós

Nas horas imprecisas

de diálogos extenços

às vezes bobos e sonolentos

estão nossos segredos...

Tão obscuros,

que nem nós os sabemos,

escapam de nossos olhos

e de nosso pobre entendimento


Poeta

"um mundo,

preâmbulo de diversas épocas

fogo sem rumo

devastando a colheita dos justos...

silêncio,

imenso e desconhecido

silêncio..."

Comentários

  1. amigo

    força e sempre quando se começa algo virtual
    temos surpresas.
    divulgue-se

    ResponderExcluir
  2. Alma sem corpo...
    Tempo sem por quê?!?...
    Belos poemas. Obrigada. Parabéns!!!
    Gema

    ResponderExcluir

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